POR QUE SENTIMOS UM VAZIO APÓS O FIM DE UM RELACIONAMENTO? ENTENDA O QUE ACONTECE NO CÉREBRO E COMO SUPERAR ESSA FASE, SEJA EM RELAÇÕES SAUDÁVEIS OU TÓXICAS

 

POR QUE SENTIMOS UM VAZIO APÓS O FIM DE UM RELACIONAMENTO?

ENTENDA O QUE ACONTECE NO CÉREBRO E COMO SUPERAR ESSA FASE, SEJA EM RELAÇÕES SAUDÁVEIS OU TÓXICAS

O fim de uma relação, mesmo que não tenha sido saudável, pode gerar um vazio emocional profundo. Este artigo explora as causas desse sentimento, como o cérebro reage à perda de um vínculo e como seguir em frente, seja após uma relação boa ou abusiva.

POR QUE SENTIMOS VAZIO APÓS O TÉRMINO DE UM RELACIONAMENTO?

O cérebro humano é programado para buscar conexões, especialmente aquelas baseadas em laços afetivos profundos. Quando um relacionamento se encerra, nosso cérebro experimenta um "choque" devido à quebra desse vínculo. Áreas cerebrais associadas à recompensa, como o sistema dopaminérgico, são ativadas quando estamos próximos de quem amamos. Após o término, essa "fonte" de prazer e conforto é retirada, causando uma queda na produção de DOPAMINA e OXITOCINA, hormônios ligados à felicidade e conexão emocional. Esse "déficit" químico provoca a sensação de vazio e até sintomas semelhantes aos de uma crise de abstinência.

A DIFERENÇA ENTRE UM FIM DE RELAÇÃO SAUDÁVEL E UM FIM DE RELAÇÃO ABUSIVA

1. Fim de Relação Saudável: Em um relacionamento saudável, apesar do vínculo positivo, há um entendimento mútuo e amadurecido sobre o término. No entanto, o cérebro ainda sofre com a ausência do parceiro, já que foi condicionado a relacionar a presença dessa pessoa com prazer e segurança emocional. Essa adaptação leva tempo e, muitas vezes, gera um vazio que pode ser preenchido com novas atividades, amizades e projetos pessoais.

2. Fim de Relação Abusiva: Em uma relação abusiva, o impacto emocional pode ser ainda mais complexo. O cérebro cria laços de dependência emocional e, muitas vezes, a pessoa fica presa em um ciclo de sofrimento e recompensa esporádica, o que a mantém "presa" ao parceiro, mesmo quando ele causa sofrimento. Ao finalizar esse tipo de relacionamento, o vazio pode ser mais profundo, já que o cérebro está adaptado a altos e baixos emocionais intensos, e a ausência da pessoa pode provocar sentimentos de confusão e até culpa.

POR QUE É DIFÍCIL SEGUIR EM FRENTE APÓS UMA RELAÇÃO ABUSIVA?

Relações abusivas podem deixar cicatrizes profundas, e o cérebro, muitas vezes, se acostuma ao estresse e à ansiedade como uma "norma" emocional. A pessoa que termina uma relação tóxica tende a ter mais dificuldade em confiar em novos parceiros, temendo repetir padrões de dor e frustração. Além disso, a dependência emocional criada na relação abusiva pode tornar o recomeço doloroso, pois o cérebro precisa "desaprender" a buscar segurança em uma dinâmica prejudicial.

DICAS PARA SUPERAR O TÉRMINO, SEJA EM RELAÇÕES SAUDÁVEIS OU TÓXICAS

1. Tempo e Paciência: Permita-se sentir o luto do término. Isso é essencial para que o cérebro processe a mudança e a "perda" do vínculo afetivo.

2. Fortaleça sua Identidade Pessoal: Em relações abusivas, a autoestima é frequentemente abalada. Reencontre-se e invista em atividades que fortaleçam sua autoconfiança e autonomia.

3. Busque Apoio Emocional: Terapia ou grupos de apoio podem ajudar a reestruturar padrões emocionais e a redefinir o que é saudável em uma relação.

4. Invista em Novas Conexões e Experiências: Formar novas amizades e buscar experiências diferentes ajuda o cérebro a associar prazer a novas fontes, facilitando o processo de superação.

REFERÊNCIAS

• Helen Fisher, PhD em Neurociência e autora de estudos sobre o amor e o cérebro.

• Naomi Eisenberger, psicóloga social, conhecida por suas pesquisas sobre a dor social e a resposta do cérebro à rejeição.

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