🧗‍♂️ A MENTE DE PESSOAS QUE GOSTAM DE ESPORTES ARISCADOS:

Como a neurociencia explica, entenda o perfil e a mente.

Entre risco, perfil e propósito

Notícias recentes chocaram o Brasil: uma psicóloga de 27 anos morreu em Boituva (SP) em um voo clandestino de balão, 8 pessoas morreram em um acidente no festival de balonismo em Praia Grande (RS), e a publicitária Juliana Martins, do RJ, que caiu em um poço vulcânico na Indonésia e morreu após dias aguardando resgate. Essas tragédias nos fazem perguntar: por que pessoas se expõem ao risco voluntário?

🔍 ADRENALINA, IDENTIDADE E EMOÇÃO

A busca pela adrenalina ativa o sistema de recompensa do cérebro, liberando dopamina e adrenalina. A vida intensa parece dar mais sentido, romper com a monotonia e reafirmar nossa coragem, identidade e liberdade interior. 🧠✨

Também há um componente inconsciente: para quem enfrenta vazio, estresse ou traumas, a aventura pode ser uma forma de se sentir vivo. O risco emocional — como relacionamentos abusivos — pode funcionar como fuga emocional similar aos extremos físicos.

Quando a busca por emoção, status ou fuga vira um convite ao perigo

Nos últimos anos, temos acompanhado com consternação notícias de acidentes fatais envolvendo balões, escaladas de montanhas, aventuras em submarinos para ver os destroços do Titanic, saltos de paraquedas, e tantas outras situações que expõem o ser humano a riscos evidentes.

A pergunta que surge é direta: “Isso é realmente uma tragédia ou foi uma escolha arriscada que terminou mal?”

😔 O QUE É UMA TRAGÉDIA?

Do ponto de vista clássico, tragédia é algo imprevisível, incontrolável e com conseqüências desastrosas. A morte de uma criança num deslizamento de terra causado por chuvas torrenciais é uma tragédia. A perda de vidas em enchentes, onde não havia alternativa de moradia, também é tragédia.

Por outro lado, pessoas que escolhem entrar em balões, escalar montanhas, aventuras em ambientes com vulcões, entrar em um submarino para ver de perto os destroços do navio Titanic ou se relacionar com pessoas sabidamente perigosas estão tomando decisões que podem não ter um bom final . O nome correto para isso é: tragédia anunciada.

🎭 A ROMANTIZAÇÃO QUE CUSTA VIDAS

A psicologia, a psicanálise e a neurociência oferecem explicações para esse tipo de comportamento:

🧠 Busca por dopamina: Atividades perigosas provocam liberação de dopamina no cérebro, criando sensação de prazer e excitação. Vira um vício comportamental.

🧠 Romantização da intensidade: A cultura atual vende a ideia de que viver intensamente é se jogar, correr riscos, desafiar limites. Muitas pessoas confundem intensidade com felicidade.

🧠 Necessidade de validação social: Algumas pessoas querem provar algo ao mundo. Mostrar que podem, que são corajosas, diferentes. Mas no fundo, estão tentando preencher vazios emocionais.

🔍 Psicanaliticamente falando, o desejo de desafiar a morte pode estar ligado a pulsões de morte (Thanatos), à busca de sentido em uma vida sem propósito ou à repetição de padrões inconscientes de autossabotagem.

🧭 QUANDO A VITIMIZAÇÃO É ROMANTIZADA

É comum nas redes sociais vermos lamentos por mortes que, na verdade, ocorreram após escolhas perigosas. É clássico ouvir: “Era um sonho dela andar de balão.” Mas era também um balão clandestino. A pergunta que fica é: podemos lamentar sem refletir sobre a imprudência?

Vitimizar todos os casos sem distinção é perigoso. Isso normaliza o comportamento arriscado, recompensa a imprudência com comoção e ainda deseduca quem observa. O certo é lamentar, sim, mas refletir também. A sociedade precisa aprender com os erros alheios, não repeti-los.

🔥 PERFIS PROPENSOS AO RISCO

Sanguíneo + Colérico
Movidos por impulso, novidade, conquista e desafio. Aventureiros, desbravam o desconhecido, mas podem se atirar de cabeça em relacionamentos e situações perigosas sem prever consequências.

Colérico + Sanguíneo
Coragem aliada à ação, foco em resultados e pouca tolerância à rotina. Em busca de superação e prestígio, ignoram riscos em nome do triunfo pessoal.

Sanguíneo + Fleumático
Atraídos pelo inusitado, mas em busca de rota segura. Mesmo assim, podem ser tentados por esportes radicais em fases de tédio emocional ou estresse.

Melancólico com Vênus forte em signos de ação
Ansiam por experiências profundas e transformadoras, mas mantêm certa reserva — só se entregam quando sentem coerência emocional com os riscos envolvidos.

🧠 CIÊNCIA E PSICOLOGIA

Neurociência: o cérebro precisa de estímulos para construir sentido.
Psicanálise: risco pode simbolizar enfrentamento de traumas internos.
Filosofia: Nietzsche ensinou que dar sentido à dor dá poder para suportá-la.

⚠️ AVENTURA NÃO É TERAPIA

Paixão por adrenalina não cura vazio.
Esportes radicais e relacionamentos tóxicos podem ser formas de fuga, não distinção emocional.

💡 REFLEXÃO PARA QUEM AMA PERIGOS

Pergunte-se “o que realmente busco nessa aventura?”
Analise o que a experiência te dá sem te custar demais.
Busque equilíbrio: propósito, desafio, mas também segurança e responsabilidade.

🛡️ TECNICAS PARA SENTIR VIDA SEM COLOCAR A VIDA EM RISCO

Atividades em “fluxo”: yoga, dança, música, arte.
Novidades leves: viagens pequenas, oficinas, livros.
Enriquecer o cotidiano com valor emocional e intelectual.

✅ CONCLUSÃO

A coragem real está em viver com intensidade sem abandonar a segurança de si e dos outros. Nem todo risco leva ao autoconhecimento — às vezes só leva à tragédia.

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