O MECANISMO “NARVO”: QUANDO A PESSOA QUE ERRA VIRA A VÍTIMA E VOCÊ, O VILÃO
Entenda como esse padrão psicológico pode manipular relações e aprenda a se proteger
Você já se viu numa situação em que, ao confrontar alguém por um erro claro, acabou sendo acusado de ser agressivo, cruel ou até “louco(a)”? Pois é. Esse comportamento tem um nome simbólico e vem sendo chamado por muitos psicólogos e estudiosos do comportamento humano como “NARVO”, um mecanismo de defesa disfarçado de manipulação emocional, comumente usado por pessoas que não querem admitir seus próprios erros.
O termo “NARVO” é uma construção simbólica que se refere a uma sequência estratégica de atitudes inconscientes ou premeditadas para evitar assumir a responsabilidade. Esse mecanismo ocorre em quatro etapas principais:
1. NEGAÇÃO
A pessoa nega veementemente a acusação, mesmo que as evidências estejam bem diante dos olhos. É o famoso: "Isso nunca aconteceu", "Você entendeu errado", "Tá inventando coisa".
2. ATAQUE
Como defesa, ela parte para o ataque: acusa o outro de exagerar, ser sensível demais ou de estar querendo causar briga. Usa frases como: "Você sempre cria tempestade em copo d’água", "Você quer me fazer passar por ruim".
3. REINVENÇÃO DA HISTÓRIA
Aqui ela distorce os fatos, ressignificando o ocorrido e até invertendo os papéis. Tudo começa a soar como se ela fosse a verdadeira vítima.
4. VITIMISMO E TRANSFERÊNCIA DE CULPA
Finalmente, ela se coloca como ferida, incompreendida e injustiçada — fazendo com que quem a confrontou saia como vilão. O objetivo é virar o jogo emocional e manipular a empatia dos outros ao redor.
EXEMPLO SIMBÓLICO: O CASO DO COPO QUEBRADO
Imagine que alguém quebra um copo na sua casa, você viu, e gentilmente aponta:
— “Você quebrou o copo?”
Resposta:
— “Eu? Claro que não, tava assim quando eu vi!” (negação)
— “Aliás, pra que você tá me acusando? Você sempre tem algo pra reclamar!” (ataque)
— “Você nem sabe o que aconteceu, talvez alguém tenha deixado ele na beirada. E se fosse eu, você também não cuida das coisas.” (reinvenção da história)
— “Sabe, eu tô cansada de ser tratada como culpada de tudo. Me sinto sufocada aqui!” (vitimismo e inversão da culpa)
Resultado: quem apenas apontou o erro agora está se sentindo mal, duvidando de si e se sentindo como um agressor. E o verdadeiro responsável sai como vítima da história.
FAMOSOS ENVOLVIDOS EM CASOS SEMELHANTES
Alguns casos midiáticos ilustram bem essa dinâmica.
1. Amber Heard x Johnny Depp
Durante o processo judicial entre os dois, o mundo se dividiu. Por um tempo, Johnny foi colocado como o vilão. Mas, com o passar do tempo e novas provas, ficou claro que Amber usou de muitas estratégias emocionais para se colocar como vítima — quando, na verdade, também era agressora.
2. Will Smith no Oscar
Depois do tapa em Chris Rock, houve uma tentativa inicial de justificar o ato como “defesa de honra”. Mais tarde, ele precisou enfrentar as consequências e se desculpar. Mas muitos fãs continuaram justificando o ato, usando o mesmo padrão de narração reversa.
COMO IDENTIFICAR O “NARVO” EM RELAÇÕES PESSOAIS
Sinais de alerta:
- A pessoa nunca assume erro.
- Usa o choro ou a fragilidade emocional para inverter papéis.
- Te faz se sentir culpado(a) por algo que ela fez.
- Sempre muda a história.
- Fala que você “não tem empatia” quando você está apenas sendo firme.
E SE VOCÊ ESTIVER USANDO ESSE PADRÃO?
É possível que você também tenha aprendido a usar o “NARVO” como defesa em momentos de medo, vergonha ou insegurança. Não se culpe — se observe.
Dicas para lidar e evoluir:
- Pratique a autorresponsabilidade. Dizer “fui eu” é libertador.
- Evite distorcer os fatos para parecer inocente. Isso enfraquece sua imagem emocional.
- Desenvolva empatia sem manipular. Vulnerabilidade é poderosa, mas precisa ser verdadeira.
- Peça desculpas de verdade. Isso aproxima, não afasta.
QUANDO ALGUÉM USAR O “NARVO” COM VOCÊ
Dicas para se proteger emocionalmente:
- Mantenha-se firme e calmo(a).
- Não entre no jogo de troca de acusações.
- Registre os fatos (mentalmente ou por escrito).
- Afaste-se de discussões que viram distorções.
- Se for constante, repense a relação.
O “NARVO” é um espelho: ele pode refletir o outro, mas também pode revelar partes de nós mesmos. Que saibamos nos reconhecer, crescer e lidar com o outro com firmeza e empatia.
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Fontes:
- Freud, S. O Ego e os Mecanismos de Defesa
- Bauman, Zygmunt. Amor Líquido
- Observações da psicodinâmica comportamental em estudos de caso.
- Casos públicos com cobertura da mídia jornalística (CNN, BBC, G1).
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